Eu pensei que você fosse perfeito, um ideal,
Em mármore esculpido, sem falha ou sinal.
Seus traços, sua fala, um sonho a velar,
Mas a face escondida veio a se mostrar.
Pequenos ciúmes, palavras vazias,
Sentimentos mesquinhos em noites e dias.
A imagem que eu fiz se desfez no ar,
E a magia quebrou, sem como voltar.
Não há mais espaço para me iludir,
Outros caminhos eu preciso seguir.
O rastro de dor não me deixa ficar,
É tempo de ir, de me libertar.
E que o vento leve o que restou de nós,
Em busca de paz, de outras vozes.
Onde a imperfeição seja real e sã,
E não uma sombra a me cegar pela manhã.
AnnaLúciaGadelha
Esta poesia é dedicada a você, que um dia foi um ideal, mas que, ao se revelar em suas imperfeições e sentimentos mesquinhos, mostrou que é tempo de seguir outros caminhos. Que ela sirva como um lembrete de que a verdade, por mais dolorosa que seja, liberta e abre portas para novas jornadas. Que a paz seja encontrada na busca pelo que é real, e não nas ilusões de um passado que se desfez