"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

terça-feira, 1 de julho de 2025

 


Pés rachados

Rosto enrugado

Coração apertado

Sertanejo maltratado

 

Chuva que não vem

Gado morrendo ao léu

No bolso nenhum vintém

Olhos secos olhando pro céu

 

Sertão esquecido pelos soberanos

Só morte, fome e desgraça

O cenário é só de carcaça

Desde a época dos lusitanos

 

Sem opção arribam para outras terras

Retirante sem esperança no coração

Deixa seu amado e sofrido Sertão

Fraquejou e emudece seu grito de guerra

 

 

 

 

AnnaLuciaGadelha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bela e talentosa interação.

Obrigadíssima, Iolandinha

 

 

 

Triste realidade das nossas terras.

Faz pena ver as carcaças pelo caminho,

e o povo com os olhos secos,

pois o sol roubou até as suas lágrimas e esperanças.

 

 

 

 

 

- Iolandinha Pinheiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Obrigadíssima, minha filha!

Sua interação é GRANDIOSA

 

 

 

 

 

 

Olhos esbugalhados

Pés calejados

Corações dilacerados

Até quando acorrentados?

 

Essa algema que fere

Essa algema que sangra

Essa algema maldita

Essa algema escraviza

 

Suas mentes conquistadas

Seus corações capturados

Dos seus corpos e votos gozaram

Povo, acorda! Sempre é hora!

 

 

Maria Patricio Gadelha Albuquerque











2 comentários:

  1. Lindo poema e interações, a de Iolanda ecoando o drama dos sertanejos e a de Maria falando do povo simples e crédulo, refém de homens sem escrúpulos, demagogos e manipuladores. Quanto a mim, foi uma honra e uma grande alegria produzir o vídeo de O Sertanejo. Parabéns, Anna!

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  2. Essa obra prima é maravilhosa. Muito forte e real, é o verdadeiro retrato do povo sofrido sertanejo. Foi um prazer fazer uma simples interação, acompanhada da interação de Iolandinha Pinheiro e da ótima produção feita por Aldrin, para enriquecer mais ainda essa relíquia. "Sertão esquecido pelos soberanos" Anna Lúcia, infelizmente a miséria, a fome, a seca mantendo esse povo no cabresto, pior é a miséria da educação, do pensamento, que os mantém presos nesse ciclo infinito, num eterno condicionamento. "Pois o sol roubou até as suas lágrimas e esperanças" Iolandinha Pinheiro, as forças para chorar perderam, de tantas falsas crenças, doutrinações, castigos e sofrimentos, suas mentes já foram corroídas, perdidos sem direção. "Até quando acorrentados?" Maria Albuquerque (eu), uma pessoa que seja para fazer algo diferente, algo incomum já pode mudar a realidade de uma pessoa. Se todo mundo fizer sua parte... Um pensamento, um ensinamento, como no mito da caverna de Platão, libertar da prisão do pensamento, das falsas crenças, da ilusão.

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