São sementes lançadas ao tempo,
brotando em campos de esperança.
Nos olhos, o brilho do novo,
no peito, a fé de quem alcança.
Filhos são sonhos que caminham,
com passos próprios, rumo ao sol.
Levando no peito o que ensinamos,
como quem guarda um lençol —
macio, invisível, eterno,
tecido de amor fraternal.
Crescem, voam, se distanciam,
mas nunca deixam o essencial:
o laço que não se desfaz,
mesmo na ausência ou na dor.
O sangue pode até calar,
mas não silencia o amor.
E o que somos, senão abrigo?
Porto, guia, chão, farol…
Somos a história que os embala
quando o mundo perde o tom.
Que saibam — sempre — onde estamos:
no silêncio que acolhe,
na palavra que orienta,
no amor que não exige,
mas sustenta
AnnaLúciaGadelha