A natureza me remete ao sagrado
Contemplando-a faço reflexões
Inúmeras e profundas indagações
Meu espírito necessita ser alumiado
Anna Lúcia
Reflexões me levaram a questionar a vida
Será que há um sentido pleno?
O pensamento surge com um veneno
Natureza, cadê a sua mão bendita?
Refletir em meio a natureza?
Momento para uma introspecção
Encontro uma dualidade em meu ser
O que eu devo escolher?
São tantas perguntas e questionamentos
Que me levam ao mundo da filosofia
Há limites para nosso entendimento
Aceitar as dúvidas é viver com sabedoria
Dentro da minha mente vultos a gritar
Reflexão é uma carne imunda no altar
A ignorância é um lago calmo e incolor
o mar filosófico só me causou a pura dor
Velhos paradigmas vou destroçar
Anseio com fervor me desnudar
Novos conhecimentos adquirir
Transcender a mente e expandir
Maria e Junior, é maravilhoso tê-los como parceiros das letras. Espero que entrelacemos nossos versos sempre.Beijos
ResponderExcluirA mão do conhecimento pode ser um afago numa noite de verão, ou algo podre que nos puxa para os calabouços do mundo. Belos versos, poetas.
ResponderExcluirBelos versos em torno da natureza a cargo desse trio literalmente familiar. Recebam meus sinceros cumprimentos, Anna, Junior e Maria. Abraço!
ResponderExcluirQue jornada íntima e tocante através da natureza e do espírito humano! Anna Lúcia, Francisco Junior e Maria, vossas vozes tecem um diálogo profundo sobre o sagrado no mundo natural e a inquietude da alma que busca sentido.
ResponderExcluirNossa queridíssima Anna Lúcia inicia com a reverência ao sagrado na natureza e o anseio por luz interior. Francisco Junior mergulha na angústia da dúvida existencial, onde o pensamento excessivo vira "veneno", clamando pela "mão bendita" da natureza — um apelo ao coração que sofre. Maria introduz a dualidade e a coragem da escolha, encontrando na introspecção o solo fértil para a transformação.
Anna Lúcia retorna com a sabedoria crucial: reconhecer os limites do entendimento humano e aceitar as dúvidas como parte do viver consciente. Francisco Junior, então, expõe a agonia da super-intelectualização ("carne imunda no altar"), contrastando a ilusão da ignorância "calma" com a dor tempestuosa da busca filosófica. Maria, por fim, oferece o caminho ativo: destruir paradigmas, ansiar pelo autoconhecimento e transcender os limites da mente racional para expandir a consciência.
Como o mestre Zen Thich Nhat Hanh verdadeiramente ensinou, em "O Sol Meu Coração":
"Se você for uma onda e reconhecer que é água, tocará a eternidade."
Vossas indagações, dúvidas e dores (como as de Francisco Junior) são como ondas agitadas no oceano da mente. O convite de Thay é justamente este: reconhecer nossa verdadeira natureza — como a onda que descobre ser água — além das turbulências dos pensamentos e questionamentos. Aceitar as dúvidas (Anna Lúcia) e transcender a mente (Maria) é mergulhar nessa água primordial: o sagrado que Anna Lúcia vislumbra na natureza, a quietude além da dualidade que Maria busca, e o refúgio que Francisco Junior clama.
Que a natureza — essa "mão bendita" sempre presente — continue a ser vosso espelho e vosso templo, lembrando-vos de voltar ao momento presente, à respiração consciente, onde a paz essencial (a "água") pode ser encontrada não na ausência de perguntas, mas na coragem de ser o que já se é. Uma partilha poética e corajosa, que ecoa o caminho do despertar. Agradeço o que foi dito… e o não dito. Dez mil flores de lótus para vocês se tornarem Buddhas. 🙏
Obrigada pela análise profunda dos nossos versos, meu querido amigo e Mestre Aislan! Recebo as flores de lotus com amor e respeito. Beijos, querido
ResponderExcluirÉ um prazer imenso fazermos essa parceria em família. Fico muito grata e feliz! Quero agradecer muito também aos ótimos comentários. Destaco o comentário de Aislan Bezerra, que nos abraçou carinhosamente com suas profundas reflexões. Gostei profundamente da citação em que fala sobre a água, muito reflexiva. A água em seu curso, fluindo de forma natural. É como ceder ao seu percurso tranquilamente, é uma entrega total a vida com fluidez, assim as águas serenas indo em sua própria direção, com a certeza do absoluto, do eterno.
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