Não precisa acender a luz, a noite é cúmplice e gentil.
Só o brilho incerto da cidade que entra pela fresta sutil.
E o ar já está denso,
uma promessa no silêncio.
Eu sinto o teu olhar me despir, em câmera lenta, e eu dou
licença.
Não tenho pressa, não... A pressa é para quem não sabe o que
quer.
Eu sou feita de fogo baixo,
Não sou tempestade,
sou maré que sobe e inunda o cais.
Me move o toque, me acende a calma.
Vem, acende essa chama ardente que guardo na alma.
E me mostra de novo aquele teu jeito
Que me faz pedir baixinho, "Quero mais..."
Minha pele é um mapa que só tu tens a chave,
Cada curva, um
segredo que a tua boca desbrava.
Teu nome é um sussurro que adorna o meu gemido,
Um veludo rouco que eu guardei só para o teu ouvido.
O tempo parou na
beira da cama, só o desejo avança.
Neste quarto há só nós dois, e a nossa dança.
Eu sou feita de fogo baixo,
Não sou tempestade, sou maré que sobe e inunda o cais.
Me move o toque, me
acende a calma.
Vem, acende essa chama ardente que guardo na alma
.
E me mostra de novo aquele teu jeito
Que me faz pedir baixinho, "Quero mais..."
AnnaLuciaGadelha
"Eu sou feita de fogo baixo'. O fogo baixo pede mais tempo, mais carinho e o resultado, bem, é mais duradouro; uma plena satisfação íntima. Lindos versos sensuais, apreciei cada verso deixado em fogo baixo, porém, constante. Parabéns, poetisa Anna. Aqui tem bom gosto, talento e criatividade.
ResponderExcluirOlá, amiga Anna!
ResponderExcluirBelíssimo poema aqui nos presenteias. Onde o amor, a paixão, o desejo, a sensualidade, percorrem intensamente cada verso...
Gostei bastante.
Deixo os votos de um feliz fim de semana!
Beijinhos!
Mário Margaride
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