"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Chama Ardente

 


Não precisa acender a luz, a noite é cúmplice e gentil.

Só o brilho incerto da cidade que entra pela fresta sutil.

 E o ar já está denso, uma promessa no silêncio.

Eu sinto o teu olhar me despir, em câmera lenta, e eu dou licença.


Não tenho pressa, não... A pressa é para quem não sabe o que quer.

Eu sou feita de fogo baixo,

 Não sou tempestade, sou maré que sobe e inunda o cais.

Me move o toque, me acende a calma.


Vem, acende essa chama ardente que guardo na alma.

E me mostra de novo aquele teu jeito

Que me faz pedir baixinho, "Quero mais..."

 

 

Minha pele é um mapa que só tu tens a chave,

 Cada curva, um segredo que a tua boca desbrava.

Teu nome é um sussurro que adorna o meu gemido,

Um veludo rouco que eu guardei só para o teu ouvido.

 

O tempo parou na beira da cama, só o desejo avança.

Neste quarto há só nós dois, e a nossa dança.

 

Eu sou feita de fogo baixo,

Não sou tempestade, sou maré que sobe e inunda o cais.

 Me move o toque, me acende a calma.

 Vem, acende essa chama ardente que guardo na alma

E me mostra de novo aquele teu jeito

Que me faz pedir baixinho, "Quero mais..."




AnnaLuciaGadelha

 

2 comentários:

  1. "Eu sou feita de fogo baixo'. O fogo baixo pede mais tempo, mais carinho e o resultado, bem, é mais duradouro; uma plena satisfação íntima. Lindos versos sensuais, apreciei cada verso deixado em fogo baixo, porém, constante. Parabéns, poetisa Anna. Aqui tem bom gosto, talento e criatividade.

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  2. Olá, amiga Anna!
    Belíssimo poema aqui nos presenteias. Onde o amor, a paixão, o desejo, a sensualidade, percorrem intensamente cada verso...
    Gostei bastante.

    Deixo os votos de um feliz fim de semana!

    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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