"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Desnuda




 Eu sou aquela mulher que vive solitária

Não sei qual meu rumo e nem destino
A vida se tornou minha grande adversária
Como posso achar esse mundo divino?

Minh’alma padece na infeliz escuridão
Eu espero a triste morte com ansiedade
Machuca-me esse universo de desilusão
Assim transcorre minha sina de maldade

Que dó! Sempre fui uma mulher invisível
Percorri longos caminhos com apatia
Meu pobre coração sentia assaz agonia

Sou aquela que se acostumou com a dor
Procurou uma migalha de amor e não achou
Sinto grande piedade do que de mim restou

AnnaLuciaGadelha 



(Poema inspirado no soneto “Eu”, de Florbela Espanca)

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