"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

sábado, 13 de setembro de 2025

 


Canta o vento na beira do rio

Feito reza que embala o vazio

Minhas mãos se enchem de tempo

Minhas dores, de esquecimento

 

Mar de dentro, me leva pra casa

Onde a saudade acende a brasa

No teu colo eu sou passarinho

Feito um sopro no teu caminho

 

No meu peito cabem as marés

Teus silêncios, teus pés, tua fé

Vem, me ensina a linguagem das águas

A dizer sem palavras, sem mágoas

 

 

Sou do barro, do cheiro da chuva

Do cantar das mulheres que curam

Sou da terra que dança e que chama

Teu amor é meu canto, é minha cama

 

 

Mar de dentro, me leva pra casa

Onde a saudade acende a brasa

No teu colo eu sou passarinho

Feito um sopro no teu caminho

 

 

E se um dia eu for embora

Levo a lua bordada na memória

Tua voz vai comigo, acalanto




AnnaLuciaGadelha

2 comentários:

  1. Um ar de mistério, parece algo folclórico ou místico. Adorei os versos, trazendo uma riqueza da natureza, algo único, sublime.

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  2. Parece uma canção MPB . Bem, o talento está aí.

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