Canta o vento na beira do rio
Feito reza que embala o vazio
Minhas mãos se enchem de tempo
Minhas dores, de esquecimento
Mar de dentro, me leva pra casa
Onde a saudade acende a brasa
No teu colo eu sou passarinho
Feito um sopro no teu caminho
No meu peito cabem as marés
Teus silêncios, teus pés, tua fé
Vem, me ensina a linguagem das águas
A dizer sem palavras, sem mágoas
Sou do barro, do cheiro da chuva
Do cantar das mulheres que curam
Sou da terra que dança e que chama
Teu amor é meu canto, é minha cama
Mar de dentro, me leva pra casa
Onde a saudade acende a brasa
No teu colo eu sou passarinho
Feito um sopro no teu caminho
E se um dia eu for embora
Levo a lua bordada na memória
Tua voz vai comigo, acalanto
AnnaLuciaGadelha
Um ar de mistério, parece algo folclórico ou místico. Adorei os versos, trazendo uma riqueza da natureza, algo único, sublime.
ResponderExcluirParece uma canção MPB . Bem, o talento está aí.
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