"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

 




No silêncio profundo, onde o espírito repousa,

A morte é um portal que revela a luz da esperança.

Não é adeus, mas uma transição silenciosa,

Um despertar da alma, uma nova dança.

 

Ela revela a essência que nunca se esconde,

A alma que, livre, ao infinito se expande.

No mistério do além, a verdade responde,

Que a vida é eterna, além do instante.

 

Na morte, há paz, há descanso, há retorno,

Ao lar divino, ao amor sem fim.

Cada fim é começo, cada despedida, um encontro,

Na eternidade que habita em cada jardim.

 

Que possamos ver além do véu, com olhos de fé,

Reconhecer na despedida uma nova manhã.

Pois a morte é a porta para a alma que é,

Uma luz que nunca se apaga, uma eterna manhã



AnnaLuciaGadelha

2 comentários:

  1. Que poesia magnífica! Parece que eu estava lendo e ouvindo uma linda voz. Fiquei sem palavras para acrescentar algo, porque está completo e único. Eu reforçaria uma nova leitura em vista do deslumbre em que os versos foram compostos. Amei demais mãe, você é uma fera! A poesia é tão elevada, a forma como fala da morte, que eu me lembrei de algumas culturas que encaram a morte de uma forma completamente diferente da nossa. Em algumas culturas os povos fazem até festas e banquetes, homenageiam seus ente queridos com músicas e danças, e relembrando tudo que o ente querido mais gostava. Algo a se pensar, porque não?! Inclusive o que é feito com os corpos das pessoas, também é diferente.

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  2. Hoje encontrei felicidade e a luz da consolação nesta página de poesia e amor. Que poema sublime, Anna, um bálsamo para o coração de quem fica e uma vibração positiva para quem já fez a viagem. Sim, em certas culturas os mortos são homenageados ou melhor, a morte é celebrada com festa, afinal é o início de um novo ciclo. Hoje sua página brilhou mais intensamente nos transportando da dança para a eternidade. Que beleza!

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