Madrugada fria e amedrontadora
Corro velozmente no bosque
Estou perdida entre as árvores
Ouço o piado da coruja agourenta
Meu coração sangra e lamenta
Tenho que encontrar meu amor
Fizemos um pacto de sangue
Vim te buscar, meu querido
Ele não escuta meu clamor
Ei-lo tocando piano
Abraço-o fortemente
Quero teu abrigo
Estou invisível e me apavoro
Ele se levanta e sobe a escada
Eu volto para minha morada
O vento sopra às lufadas
Estou completamente abandonada
Vejo flores, túmulos e ouço gritos
São espíritos que estão aflitos.
AnnaLuciaGadelha
Espíritos em busca de ascensão ou descensão? É alma que chora para renunciar o que na carne deixou. A escolha é, ficar nulo na doce ilusão da invisibilidade, tentar sentir o que já se desempoderou, se perdeu. Ou encorajar e desapegar, se libertar e viver o novo, o restauro, a ascensão fidedigna.
ResponderExcluirAldrin Marcelo: poema de alma penada, amor, terror ou apego? Ah, pode ser apenas a imaginação da poeta a nos meter medo 👏👏👏
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