"Vou-me à imensidão com minhas asas azuis buscar pelos versos ocultos"

 

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Branco e Preto


 
Eu vejo em branco e preto
 Como um filme do passado
O clarão que me foi negado
Na inspiração do meu soneto.

Tantos amores e eu sozinha
Ouvindo a passarada.
Nunca fui amada
Comigo a vida é mesquinha.

Se eu visse tudo colorido
Poderia me assustar
eu iria paralisar.
O colorido não me foi permitido.

Duas cores e uma vida de melancolia
Já me acostumei com essa agonia.

Anna Lúcia Gadelha

Um comentário:

  1. Aldrin M. Félix: um eu lírico pessimista tão acostumado ao preto e o branco da dor da qual se acha irremediavelmente atrelado, que se de repente sua vida se enche-se de cores e amores recuaria de medo. Belo poema, parabéns!

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