
Eu vejo em branco e preto
Como um filme do passado
O clarão que me foi negado
Na inspiração do meu soneto.
Tantos amores e eu sozinha
Ouvindo a passarada.
Nunca fui amada
Comigo a vida é mesquinha.
Se eu visse tudo colorido
Poderia me assustar
eu iria paralisar.
O colorido não me foi permitido.
Duas cores e uma vida de melancolia
Já me acostumei com essa agonia.
Anna Lúcia Gadelha
Aldrin M. Félix: um eu lírico pessimista tão acostumado ao preto e o branco da dor da qual se acha irremediavelmente atrelado, que se de repente sua vida se enche-se de cores e amores recuaria de medo. Belo poema, parabéns!
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